A FINITUDE

Engraçado que ontem domingo dia 30 de abril, tendo ido ao velório de um amigo muito querido por mim, irmãos da igreja e da comunidade, é que me veio a reflexão sobre a "finitude", tive a oportunidade até de comentar com um irmão da igreja, sobre esse tema. Só nos damos conta dessa mera passagem por este mundo, quando participamos deste momento, que algumas vezes nos pega de surpresa. Nesse momento é confirmado que somos apenas peregrinos, nesta terra. E que inevitavelmente partiremos um dia para o verdadeiro mundo que nos espera. Iremos prestar contas de todos os nossos atos, àquele que nos criou e nos fez conforme a sua imagem e semelhança. E que muitas vezes pela nossa teimosia, não entendemos essa dependência. Se somos semelhantes temos que agir igual ao modelo. Achamos que podemos tudo, até chegar esse momento onde tudo termina. O momento derradeiro da viagem de volta. E aí me faz lembrar quando vamos a uma despedida no Aeroporto de alguém que amamos muito, e essa pessoa vai fazer uma viagem para morar num outro país. Talvez você não a veja nunca mais, ou a veja esporadicamente. Mas guardará certamente a lembrança dos momentos felizes. Então ela só morrerá, se você apaga-la da sua memória. Algumas pessoas não gostam de guardar fotos de pessoas queridas que já se foram. Eu fico sem entender, embora respeite, a pressa de esquecer aquela pessoa que lhe foi tão cara. Eu como sou um eterno saudosista, guardo fotos dos meus saudosos pais. Seu casamento, meu nascimento, meu primeiro aniversário no seu colo. E essas fotos são as doces lembranças, que guardo daqueles que me foram tão caros. Acho que Casimiro de Abreu quando compôs a poesia "Meus oito anos" lembrou não só da sua infância, mas  daqueles que lhe foram tão caros.

O salmo 39,4 diz: "Faze-me conhecer, Senhor, o meu fim, e a medida dos meus dias qual é, para que eu sinta quanto sou frágil"

Chego a conclusão que a finitude quando se trata de uma vida cristã, é apenas uma ilusão. Vamos dormir, e acordar com Cristo.  

"E quando isto que é corruptível de revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória".      

1Co15:54

 Pr. Ivan Carlos